Ex-prefeito de Taboão da Serra teria comprado fuzil usado em falso atentado


A investigação sobre o atentado contra o ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva (Podemos), está sendo conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo. O ataque, que ocorreu em 18 de outubro de 2024, levanta suspeitas de que Aprígio possa ter adquirido o fuzil utilizado no crime, com a intenção de criar um cenário que o favorecesse em sua campanha de reeleição. Informação foi dada inicialmente pelo G1. De acordo com informações obtidas por meio de uma delação premiada, o fuzil teria custado R$ 85 mil, e os envolvidos no atentado teriam recebido um total de R$ 500 mil. A operação desencadeada pela polícia resultou na emissão de dois mandados de prisão e mais de dez mandados de busca e apreensão, incluindo uma ação na residência do ex-prefeito, onde foram encontrados R$ 320 mil em dinheiro.

Os investigadores descobriram que ex-secretários de Aprígio teriam contatado dois homens para executar o atentado. Um dos suspeitos, Clovis Reis de Oliveira, permanece foragido, enquanto o advogado de Anderson da Silva Moura, outro implicado, nega qualquer envolvimento no caso. O delegado Hélio Bressan destacou que as evidências coletadas indicam que o atentado pode ter sido uma encenação. Ele observou que Aprígio estava em locais públicos no dia do incidente e que a escolha de um fuzil AK-47 tinha como objetivo conferir veracidade ao ato. A polícia acredita que o plano dos criminosos não se concretizou como esperado durante a execução do ataque.