Na terra do tereré, erva-mate MS FORTE vira alvo de disputa

Há seis anos, empresário douradense tentava provar que era dono da MS Forte, marca que começou a ser vendida por outro empresário, em Nova Andradina

PRIMEIRA PáGINA


Uma marca de erva de tereré virou alvo de disputa em Mato Grosso do Sul. Tudo começou em março de 2016, quando o empresário douradense, Jânio Colmam Miguel, registrou a MS Forte. Cinco meses depois – em outubro daquele ano – outro empresário de Nova Andradina, Joeder Marcelo Novaes de Souza, começou a vender o produto, usando o mesmo nome.

“Ele começou a vender a erva-mate, em Nova Andradina, mesmo sem ter autorização para usar o nome MS Forte”, comenta Jânio.

De lá para cá, a MS Forte teve até “garotos propaganda” famosos, como os cantores Hugo e Guilherme e João Carreiro. Contudo, agora, o “antigo dono” da marca de tereré deve ter de abrir mão da marca.

Isso porque, depois de anos reivindicando a propriedade da marca, Jânio Colmam, teve uma decisão favorável no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Individual). O órgão é ligado ao governo federal e é responsável pelo registros das marcas, que são comercializadas pelo país.

Conforme Jânio, o empresário de Nova Andradina tentou reverter a situação em novembro de 2018, sem sucesso. Em seguida, Joeder entrou com um novo recurso, mas o INPI negou novamente a tentativa do empresário nova-andradinense, no último dia 3 de janeiro.

O empresário douradense, se diz aliviado, mas confessa que já espera uma decisão favorável.

“Eu registrei a marca primeiro, então, nada mais natural que o INPI confirmasse que a INPI é minha”, comemora Jânio.
O empresário não descarta a possibilidade de acionar a Justiça, caso o empresário não cumpra a decisão.

Jânio já representou a marca paraguaia Kurupi, por 10 anos e, atualmente tem a patente de aproximadamente 20 marcas de erva-mate, espalhadas em 16 estados. Entre eles está o Rio de Janeiro.

Procurado pela reportagem, Joeder não quis comentar a decisão do INPI. À reportagem, a defesa do empresário, disse que “não concorda” com o parecer do INPI, e que a “decisão é apenas administrativa”.

O Primeira Página também questionou o advogado, se o cliente dele iria ignorar a decisão e continuar vendendo a marca, ou se iria tentar reverter a situação na Justiça, mas ele informou que não pode comentar estes detalhes.