Mesmo com anulação de atestado, Cilas ainda luta por direito ao INSS após ser dado como morto

Após um ano da reportagem, o morador de Sidrolândia espera pagamento por complicações de saúde


Cilas Paulino de Lima, de 49 anos, continua mais vivo do que nunca, entretanto, padecendo na fila de espera para liberação do auxílio-doença do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mesmo com a anulação do atestado de óbito. O morador de Sidrolândia não consegue trabalhar devido às sequelas do AVC (Acidente Vascular Cerebral), e conta que só não está passando fome devido à ajuda financeira do irmão e pai.

A reportagem feita pelo Jornal Midiamax completa na primeira semana de agosto um ano. A anulação do atestado, confirmada pela 3ª Vara da Fazenda Pública e Registros Públicos de Mato Grosso do Sul, da suposta morte já foi averbada em cartório, sendo cancelado o antigo documento que só trouxe dor de cabeça.

"Continuo viajando de um lado para o outro, fazendo tratamento. Fui em Campo Grande, em Caarapó, para todo lugar, em várias agências do INSS, mas ninguém resolve nada. Me dizem que estão analisando. Foi papelada e burocracia, mas [auxílio] continua preso. Estou precisando muito, é muita conta, remédio, pagar pensão para minha ex-mulher. Estou muito apertado, ainda bem que meu pai e meu irmão me ajudam a pagar energia. Eles estão me emprestando, porque depois tenho que pagar tudo", ele conta.

 
 
Toda documentação foi levada na agência do INSS em janeiro deste ano. "Coletaram biometria, levei todo documento, mas falam para aguardar, não sei porque demoram tanto para ativar meu benefício e pagar meu direito", ele lamenta.

O valor de aproximadamente R$ 1,4 mil, desde quando teve um problema no joelho que o impossibilitou de trabalhar, foi suspenso no ano passado devido ao erro no atestado da morte. Na época, Cilas sofreu um AVC e foi internado na Santa Casa de Campo Grande, mas o documento errôneo partiu do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul).