De dentro da PED, alvo de operação 'mandava matar' e traficava drogas para o Mato Grosso

GIZELE ALMEIDA E OSVALDO DUARTE - DOURADOS NEWS


Considerado “cabeça” do esquema criminoso desmantelado na Operação La Catedral, homem que não teve o nome divulgado pela polícia estava preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), de onde dava ordens para homicídios, tráficos e outros crimes. A informação foi repassada ao Dourados News pelo delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Erasmo Cubas, em entrevista nesta manhã (17). Como mostrado anteriormente, a Operação La Catedral cumpre ao todo 23 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão. Na PED foram concluídas 6 buscas em celas e quatro prisões. Grande quantidade em dinheiro também foi apreendida. Além disso mandatos foram cumpridos em Douradina, Ivinhema e em Rondonópolis-MT, sendo que nesta ultima cidade, a polícia cita que quatro celulares foram apreendidos na casa de um traficante conhecido na região, além de R$ 12 mil. 

As investigações no contexto da Operação La Catedral começaram há cerca de um ano. Inicialmente a polícia identificou que o interno da PED tinha ligação com facção criminosa do Rio de Janeiro e havia determinado vários homicídios em Dourados.  Não foram divulgados até o momento, quais assassinatos teriam ligação com o autor. 

Diante disso, a polícia civil passou a acompanhar os “passos” do interno e rastrear pessoas ligadas a ele.

Equipe policial identificou a amásia do autor e, diante de buscas realizadas na casa dela, vários dispositivos eletrônicos foram apreendidos, os quais após analisados pelo setor de inteligência apontaram as atuações do interno no tráfico de drogas. 

“Ele mandava droga para o Mato Grosso, receptava carro roubado, trazia droga do Paraguai para Dourados para vender, encaminhava por ônibus”, destacou o delegado Erasmo Cubas.

Agora a polícia atua para junto ao Poder Público Federal para  encaminhar o indivíduo e outros três internos da PED envolvidos em esquemas criminosos para presídios federais ou para determinar medidas mais duras na vigilância dos mesmos em unidades do Estado.