Depois de quatro anos de Real Madrid, o atacante Vini Jr. recebeu a cidadania espanhola e agora passa a contar com o passaporte europeu. O Real Madrid anunciou nesta segunda-feira que o brasileiro encerrou um processo que já durava meses na última sexta-feira, quando fez o juramento à constituição da Espanha. 

Desta forma, Vini passa a ser considerado cidadão europeu, com direito a livre circulação em todos os países da União Europeia. Na prática, ele deixa de ocupar uma vaga de estrangeiro no elenco do Real Madrid, que passa a ter mais um espaço para contratar jogadores extracomunitários (de países de fora da UE).

Vini Jr. vinha aguardando o passaporte espanhol há meses, em processo que contou com atraso por conta da burocracia emperrada no governo espanhol. Inicialmente, o Real Madrid esperava que o brasileiro pudesse ter o documento em mãos até o meio do ano - o que permitiria aos merengues buscar a contratação de mais um estrangeiro na janela de transferências do verão. Porém, o mercado se fechou na quinta, um dia antes de Vini receber a cidadania da Espanha.

O processo que permite a um atleta obter a nacionalidade espanhola é morar no país há pelo menos dois anos, no caso de pessoas vindas da América Latina. Desta forma, Vini Jr. estava apto ao processo desde o meio de 2020. Porém, a pandemia da Covid-19 vem gerando grande lentidão neste tipo de processo junto ao governo local.
O regulamento de LaLiga só permite três jogadores de fora da União Europeia no elenco. As outras duas vagas de atletas extracomunitários no elenco merengue, estão preenchidas por outros brasileiros: o zagueiro Militão e o atacante Rodrygo. Inclusive, Militão e Rodrygo também já estão aptos a obterem o passaporte europeu, já que chegaram um ano depois de Vini Jr. O último do elenco merengue que havia obtido a dupla nacionalidade foi o meia Valverde, em 2019.