Vírus da varíola dos macacos sobrevive em superfícies por ao menos 30 dias, revela governo americano

O estudo, entretanto, não diz se ele mantém a capacidade de infectar ao longo desse período

NOVA FOGO


Relatório publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) descobriu que diversos itens em uma casa nos Estados Unidos, onde reside duas pessoas infectadas com a varíola dos macacos estavam carregados de vírus positivo da doença, mesmo após uma limpeza extensiva. Entretanto, os especialistas ainda não sabem se uma segunda pessoa pode ser infectada com o toque nesse objeto.

Para o estudo foram colhidos 30 itens da casa em nove áreas diferentes entre objetos “porosos”, ou seja, superfícies semelhantes a tecidos que podem absorver líquidos, como roupas e móveis, e superfícies “não porosas”, como alças e interruptores. Nenhuma delas foi positiva para uma cultura do vírus — o que significa que outra pessoa que tocasse no objeto não seria infectada.
“O DNA do vírus da varíola foi detectado em muitos objetos e superfícies amostradas, indicando que algum nível de contaminação ocorreu no ambiente doméstico”, escreveram os investigadores no relatório.
Os dois pacientes testados, cujo relatório os apelidou de A e B, moram em uma casa com outras pessoas. Entretanto, nenhuma delas testou positivo para a varíola dos macacos. Os dois pacientes tiveram “lesões relativamente pequenas e sintomas leves” apresentando sinais da doença de 22 a 30 dias.

Os membros da casa relataram que limparam e desinfetaram partes da casa onde as pessoas infectadas passavam o tempo, o que, segundo os especialistas, também pode ser motivo pelo qual o vírus ativo não tenha sido encontrado.
“Suas práticas de limpeza e desinfecção durante esse período podem ter limitado o nível de contaminação dentro da casa”, afirmam.

Embora não saibam se o vírus pode contaminar outras pessoas por meio de superfícies, o vírus nos Estados Unidos cresce a cada dia. Até sexta-feira, 20, foram contabilizados 14.115 casos confirmados da doença — o maior número em relação a qualquer nação do mundo.
No Brasil já foram confirmados mais de 3 mil casos da doença.