Há um ano, cidade de MS vivia noite de terror, com casas queimadas e membro do PCC morto

Entre as vítimas estava um idoso que tentou sair de residência incendiada por criminosos

DANIELLE ERROBIDARTE/MIDIAMAX


Ao todo foram três casas queimadas em Ivinhema. (Foto: Divulgação)

Há um ano, nos meses de junho e julho de 2021, a cidade de Ivinhema, a 291 quilômetros da Capital, vivia uma série de atentados que ficou conhecida como ‘noite de terror’. Ricardo Roberto da Silva, de 19 anos, foi morto durante abordagem policial, e Aparecido Fialho, de 60 anos, morreu após não resistir aos ferimentos de queimaduras. Sua residência foi incendiada por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os atentados começaram após a polícia descobrir planos de ataque do PCC na cidade – que incluíam roubos e assassinatos – devido à prisão de um membro da facção, por tráfico de drogas, durante a Operação Narco Brasil. Os incêndios começaram na noite do dia 26 de junho, em uma residência desocupada. Ainda enquanto os militares faziam o rescaldo, foram acionados para outro incêndio, dessa vez em um carro.

Na sequência, mais veículos e casas foram queimadas, totalizando quatro carros queimados e três casas. Aparecido teve queimaduras de segundo grau e ficou internado quase 30 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), devido aos ferimentos. Ela estava em uma das residências queimadas e tentou sair. Além disso, contraiu coronavírus durante o período em que esteve hospitalizado, e não resistiu.

Trabalho de inteligência das polícias civil e militar também apontaram que um plano de ataques havia sido feito para a madrugada do dia 7 de julho, nas cidades de Caarapó e Maracaju. Chegando em Maracaju, policiais do Batalhão de Choque encontraram uma casa no Bairro Jardim Ingá, onde estava um dos membros do PCC e havia armas e drogas estocadas para o ataque.

Ao chegarem ao local, viram quando Ricardo Roberto da Silva, de 19 anos, entregava uma bolsa para um homem que estava em uma motocicleta fugindo dos policiais em alta velocidade. Ao ver que seria abordado, Ricardo correu para o interior da residência e passou a atirar contra os militares que revidaram.

Ricardo foi atingido sendo socorrido e levado para o hospital, mas não resistiu e morreu momentos depois. Foi presa uma mulher de 21 anos, que estava com a filha de 3 anos na residência. Na casa foram apreendidos vários papelotes de drogas, entre maconha e cocaína, além de um revólver calibre .32,  mais duas armas sendo uma calibre .38 e uma arma tipo pistola adaptada para calibre .22, 10 munições de calibre .38, uma de calibre .22, uma balança de precisão, diversas cédulas de moeda nacional, num total de R$ 1.125.