MS descarta novas restrições para conter covid e gripe

Último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde apontou 1.307 novos casos de covid

CAMPO GRANDE NEWS


Secretários Geraldo Resende e Eduardo Riedel durante entrevista coletiva. (Foto: Gabriela Couto)

O comitê gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), do governo de Mato Grosso do Sul, descartou novas medidas restritivas para conter o novo pico da pandemia de covid-19 e a epidemia de gripe (Influenza “A” H3N2). Em menos de um mês, 12 pessoas morreram por H3N2.

A estratégia será investir em campanhas que aumentem a adesão à vacinação e testagem. Está mantido o retorno 100% presencial das aulas da Rede Estadual de Ensino.

“O momento agora é de cuidado e testagem. A população relaxou e este é o resultado. Não é o momento de restrições até porque não há um alto número de internações”, justificou o presidente do comitê gestor do Prosseguir, secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, citou que ainda há muitas pessoas com o calendário vacinal atrasado. “Vamos fazer uma campanha de mídia muito forte para que as pessoas se vacinem. Ainda há quem não buscou a segunda dose da vacina da Janssen.

Resende disse que negocia com a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de MS) a abertura de um drive-thru de testagem na Capital e a aquisição de exames para gripe.

“Não trabalhamos com a perspectiva de não retorno das aulas. Se possível, vamos levar a vacina para crianças às escolas”, concluiu.

Situação – Mais cedo, Resende afirmou que o governo estuda reabrir os drive-thru de testagem. “Estamos tendo um aumento do número de casos de covid-19 e junto a isso, uma epidemia de influenza. Então, os nossos esforços estão redobrados, são 80 mil testes entregues aos municípios, desde ontem. Vamos aumentar o número de testes, isolar os positivados e monitorar os que tiveram contato”, disse. 

Ribas do Rio Pardo, cidade no leste do Estado, a 98 km da Capital, decretou toque de recolher das 22h às 5h, de segunda a sexta e de 23h às 5h, nos fins de semana.

Já o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), descartou a possibilidade. “Não há motivos para toque de recolher e muito menos lockdown. A partir de segunda-feira (10), reiniciaremos desinfecção e descontaminação em todos os terminais”, anunciou na sexta-feira (7).

O boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) hoje apontou 1.306 novos casos de covid-19, totalizando 385,5 mil desde março de 2020. Com mais uma morte, o Estado acumula 9.743 óbitos. Desde 21 de dezembro, 12 sul-mato-grossenses morreram de gripe.

Mato Grosso do Sul registrou a maior média diária de casos de covid-19 dos últimos 178 dias, o equivalente a cinco meses e 28 dias. O índice atual é de 702 infecções por coronavírus a cada 24 horas. É o maior número desde 15 de julho do ano passado, quando havia cerca de 730 casos por dia, conforme levantamento do Campo Grande News.